Reflexão do aluno Nuno Afonso Furtado Matela do 12.º B relativa à participação dos alunos
do 11.º B e do 12.º B na iniciativa “Desportistas no Palácio de Belém”, promovida pela
Presidência da República Portuguesa.
Escrevo o presente email no sentido de partilhar com o senhor professor a pequena reflexão
que fiz no âmbito do projeto “Desportistas no Palácio de Belém”, promovido pela Presidência da
República Portuguesa, que decorreu na passada terça feira, 8 de outubro de 2019, no Antigo Museu
Nacional dos Coches, e que contou com a presença da atleta olímpica portuguesa Rosa Mota.
Apesar de o senhor professor Paulo Martins não ter estado, infelizmente, presente
fisicamente no encontro que as turmas do 11.° B e do 12 ° B da Escola Básica e Secundária
Sacadura Cabral, do Agrupamento de Escolas de Celorico da Beira tiveram com a referida atleta,
por razões profissionais, entendo que devo efetuar esta partilha, em virtude do seu envolvimento
nesta interessante e enriquecedora atividade.
Nesse seguimento, envio a transcrição do referido texto:
“14:30. Início da aula. Terminara o moroso intervalo que horas antes tivera o
seu início. Os aplausos a tocar em forma de campainha indicavam o norte aos oito
pontos subcolaterais que ali se agregavam em perfeita orientação com a direção que
iam tomar. Na Arena Real, estava prestes a começar uma viagem equestre que não
encontra o seu término, numa corrida em direção ao eterno e para sempre memorável,
numa maratona que parece não ter fim, com a meta vislumbrada lá ao fundo e que se
esfuma a cada passo dado. A trote, a distância parecia encurtar, mas o percurso, sem
fim à vista, encarregava-se de adicionar os obstáculos necessários à corrida de
barreiras.
Voltando à aula, entusiasticamente eram lecionados os conteúdos previstos e
outros tantos que não integravam a planificação feita pela equipa técnica do Antigo
Picadeiro.
A equitadora, profissional dos 42 200 metros, glória eterna da Olimpíada que
não tem ocaso, abrira, connosco, o seu livro de memórias. Não das memórias que se
deixaram vencer ao tiro de partida, reprodução infiel do que lá ficou. Abrira, porém, o
livro das memórias do hoje, do aqui e do agora, das memórias reais, das maratonas
fervorosas que impulsionam a sístole que, forte, bate no «peito ilustre Lusitano».
Folheámos, juntos, esta obra-prima, não no alto da sua magnificência, mas na
singeleza da sua autenticidade.
A clepsidra marcava 15:45. Fim da aula. Regresso ao Picadeiro, descida do
cavalo.
A maratona seguiu o seu curso, procurando a sua meta.
Antigo Picadeiro Real do Palácio de Belém, 8 de outubro de 2019.”
Sem outro assunto,
Atenciosamente,
Nuno Matela.
19_20_Reflexao_do_Nuno_Matela_sobre_participacao_Desportistas_no_Palacio_de_Belem_17_10_2019.pdf
